Adira ao grupo O meu Golf no FACEBOOK

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Campeonato Nacional Absoluto 2011

Caros amigos golfistas, terminou no sábado o Campeonato Nacional Absoluto de 2011 no Oporto Golf Club. Importa, pois, reflectir sobre alguns pontos:

1) O Gonçalo Pinto provou que está no bom caminho para ser um grande jogador de Golf. É dos nossos jovens jogadores mais promissores e trabalhadores. Fez a opção de se dedicar exclusivamente à modalidade, deixando os estudos de parte, e até agora tem obtido bons resultados. Infelizmente, em Portugal, continua a ser necessário optar por ser atleta de alta competição ou estudar, pois são situações completamente incompatíveis. Desejo-lhe a maior sorte no futuro.

2) O Golf Feminino Português encontra-se em mau estado. Prova disso são os resultados do Campeonato. Tirando as duas últimas voltas da Magda Carrilho (que merece indiscutivelmente os meus Parabéns), o nível geral foi muito fraco. Ao fim de dois dias de prova, a líder levava já 15 acima do par do campo. Não consigo, sinceramente, entender porque há tão poucas jogadoras de handicap baixo em Portugal e, principalmente, porque não jogam melhor. Não é por falta de apoio, não é por falta de divulgação (aliás a FPG até já criou uma comissão para o efeito) e também não é por falta de torneios, quer nacionais, quer internacionais. Será que é por não gostarem?

3)A falta de civismo dos jogadores em geral é cada vez mais gritante. A quantidade de divots por repor, de pitch marks por reparar e de bunkers por alisar é absolutamente inacreditável. Não se concebe que um jogador de Golf tire um “bife” do meio do fairway e seja incapaz de o recolocar.

Neste Campeonato vi imensos jogadores a não repor os divots, mas não vi nenhum árbitro a chamar à atenção os jogadores. Não pode ser! Um campo dá muito trabalho a manter. Se o queremos em boas condições, todos temos de cumprir o nosso papel. Faz parte da Etiqueta do Golf. Deixo aqui uma sugestão: porque não criar uma regra local que penalize quem não recolocar o divot? Provavelmente, iríamos ver muito menos divots no campo...

4) O campo do Oporto mais uma vez provou não ser tão fácil como parece. Muita gente diz que é um campo acessível porque tem os fairways muito largos. Ora no final de 4 dias, ou seja 72 buracos, só um jogador acabou abaixo do par do campo. Quem diz que é muito fácil é melhor lá ir e ver se consegue cumprir o seu handicap....

5) O preço da inscrição para um jogador maior que 23 anos é de 75€. Isto representa um aumento de 4 vezes em relação a quem tem entre 19 e 23 anos. Eu acho que é muito dinheiro. Actualmente, é cada vez mais complicado um jovem de 24 anos já estar empregado e a ganhar mais do que o salário mínimo. Eu sugiro que se faça a distinção entre maiores de 24 e maiores de 35 anos. Porque não cobrar 40€ entre os 24 e os 35 e 75€ para os maiores de 35 anos?

Outros assuntos haveria para reflectir, mas estes são os que me parecem mais importantes neste momento. Comentem à vontade, desde que com educação e etiqueta!

P.S.: Li um artigo na revista “Golfe Magazine” que me deixou perplexo. Não me recordo do nome do cronista, mas apenas do estilo que em que escreveu. Era um artigo quase só em calão. Não dignifica em nada a nossa modalidade e, tão pouco, contribui para o seu crescimento. Deixo aqui o meu voto de protesto pela sua publicação.

terça-feira, 8 de março de 2011

O Pitch & Putt

O Pitch & Putt (PP) tem tido um grande desenvolvimento no nosso País, especialmente na região Norte. Já muitas pessoas me têm perguntado a minha opinião sobre esta forma de jogar o nosso tão querido desporto, a nossa modalidade de eleição, o Golf.

Ora, eu acho que o PP pode proporcionar um grande crescimento no número de praticantes de Golf, por três razões: é mais fácil, consome menos tempo e acarreta menos custos quer em termos de equipamento, quer em termos da construção de campos para se jogar.

O PP é jogado só com 3 ferros e em campos cujo comprimento total não pode exceder os 1200m. Tem tido um grande crescimento pela Europa fora, em especial em Espanha onde já tem uma dimensão semelhante ao Golf tradicional.

Os Espanhóis levam o PP muito a sério, tendo já criado várias competições a nivel Nacional, tanto individuais como por equipas. Ora, todos nós sabemos que o número de jogadores de Golf em Espanha é bastante elevado.

Em contraste, em Portugal temos cada vez menos praticantes. Logo, o PP não pode, pelos reponsáveis do Golf no nosso País, ser considerado uma modalidade separada do Golf, mas apenas uma forma de jogar Golf. Pois, se for considerado uma modalidade corre-se o risco de só aumentarmos os praticantes de PP e não de Golf tradicional.

Se deixarmos as pessoas especializarem-se em PP não estaremos a contribuir para o crescimento do Golf. Estaremos, isso sim, a contribuir para o crescimento de outro desporto.

Dito isto, não posso deixar de louvar todas as iniciativas que potenciam o PP, sendo que espero que as pessoas que organizam esses torneios não tenham um visão limitada do que pode representar o PP para o desenvolvimento do Golf em Portugal.

A Federação Portuguesa de Golfe tem uma comissão e um calendário de PP (não se percebendo porque razão não tem nenhum torneio na região Norte que é onde estão a maioria dos campos homolgados), a Associação de Golf do Norte de Portugal também tem o seu calendário, os clubes com campo PP também já começam a ter o seu próprio calendário, mas tudo isto pode não ter o impacto desejável se não for feito um esforço de divulgação do Golf tradiconal junto dos praticantes de PP.

Em suma, o PP pode ser uma forma muito boa de se começar a jogar Golf, desde que se constitua como uma ferramenta para o crescimento do Golf no nosso País e não tente ser uma modalidade separada deste nosso desporto.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Candidatura à Associação de Golf do Norte de Portugal

Caros amigos, como muitos de vocês já sabem, eu fui convidado pelo Amadeu Ferreira para integrar uma lista Candidata à Direcção da Associação de Golf do Norte de Portugal. Aceitei com muito gosto esse convite, pois acho poder ser útil ao projecto do Amadeu. Neste sentido, deixo-vos aqui o nosso Manifesto Eleitoral que também está disponível no nosso site:

Manifesto Eleitoral

A Associação de Golf do Norte de Portugal (AGNP) é uma instituição com mais de 20 anos de existência e que muito contribuiu no passado para o desenvolvimento do Golf no Norte de Portugal.

Sem descuido pelo trabalho da Direcção cessante, que retirou a AGNP da quase agonia, e do que nos foi dado a conhecer, entendemos que mais e melhor pode e deve ser feito.

É nossa convicção que os Clubes em geral se sentem desmotivados e afastados da vida da AGNP, sendo disso exemplo as escassas presenças reais nas Assembleias-Gerais. Mais ainda, parece-nos que vários, senão todos, os Clubes com Campo estão a um pequeníssimo passo de abandonar a AGNP.

Acresce o infortúnio dos problemas de saúde que afectaram, e afectam, os Srs. Presidente da Direcção e Secretário- Geral, a quem aqui manifestamos o nosso apreço e desejamos rápidas melhoras.

É aqui também o momento de salientar que, se ainda hoje tratamos dos temas “AGNP”, tal se deve muito particularmente, à perseverança, dedicação e espírito de sacrifico do Senhor Presidente da Direcção, Dr. João Moraes Sarmento.

De facto, é sobre a Direcção, e aqui na “Comissão Executiva", que recai o dever de garantir o bom desempenho Técnico-Administrativo diário ao longo do mandato. Terão existido lacunas, quantas delas meramente resultantes do “amadorismo” que é a base deste trabalho, sem ter deixado de ser dado por todos o seu possível.

Apesar da impossibilidade de, em tempo útil, e como é regra, estudar senão apresentar o orçamento para 2011, bem como e não menos importante, ter executado o calendário oficial para 2011 e inerentes contactos com os Clubes com Campo, enfrenteremos tal entrave com determinação.

Por tudo isto, pelo amor que temos à modalidade e por acreditarmos que podemos fazer mais e melhor por forma a que a Associação do Golf do Norte de Portugal se assuma como uma força motora do Golf no Norte do País, vimos por este meio apresentar a nossa candidatura ao biénio 2011 / 2012.

A nossa conduta vai passar pelo cumprimento escrupuloso dos Estatutos da AGNP e vamos procurar esclarecer cabalmente todas as dúvidas que nos façam chegar. É nosso objectivo termos uma AGNP com paredes de vidro, cristalina, e a que todos tenham acesso.

A transparência vai ter de estar sempre patente na nossa gestão. É através dela que iremos credibilizar a AGNP junto dos seus associados, de toda a comunidade golfística do Norte do País, da Fedração Portuguesa de Golfe (FPG) e das empresas potenciais patrocinadoras.

Manifestamos desde já a nossa intenção de, logo que possível, durante o mandato, proceder à alteração dos Estatutos em vigor, visto serem omissos em muitos casos.

Pretendemos incrementar e qualificar o relacionamento com a FPG, para além dos contactos desenvolvidos pelo Conselho Técnico com o Departamento de Investigação e Formação, bem como a delegação pessoal de inúmeras iniciativas e responsabilidades directamente pela FPG a vários dos elementos que compõem esta lista candidata.

A grande evolução que se registou no mandato que agora termina, muito devida ao trabalho do Conselho Técnico cessante e dos Árbitros que com ele colaboraram, foi na qualidade técnica das provas, sendo hoje reconhecido por todos os jogadores, clubes e mesmo pela FPG, como estando num patamar muito elevado. Iremos, no que possível, tentar melhorá-la.

É importante que todos tenhamos a consciência que o que queremos fazer estará impreterivelmente dependente das receitas que consigamos angariar.
Neste sentido, iremos formar uma comisão de Marketing, composta por um membro da Direcção e por pessoas de relevo no meio empresarial Nortenho, que irá procurar estabelecer parcerias com empresas de renome da nossa região com vista a obter os patrocínios necessários ao funcionamento da AGNP.

Os Associados da AGNP merecem a nossa total atenção e, como tal, será nosso objectivo tornar a Associação atractiva para os Clubes. É nossa intenção rever o valor da quota que cada Clube paga consoante o número de vezes que cede o seu campo para provas da AGNP.

As provas da AGNP são a sua grande montra. Logo, é nosso objectivo elaborar um calendário extremamente competitivo mantendo e, no que possível, melhorando os actuais níveis de qualidade técnica das provas. É nossa intenção criar provas distintas consoante as categorias de handicaps, prestigiando os torneios com mais história da AGNP.

Vamos elaborar o calendário possível em colaboração com os Clubes, de modo a não fazer coincidir as provas importantes da Associação com as dos Clubes.

Por outro lado, o Pitch & Putt está em grande crescimento em Portugal. Esta vertente do nosso desporto reúne já um elevado número de praticantes na Galiza. Nós pretendemos fomentar ao máximo possível o seu desenvolvimento em parceria não só com a FPG, como também com a Federação Galega de Golf (FGG).

Não descuraremos a hipótese de vir a aceitar federados Galegos nas nossas Provas, aberta que seja idêntica possibilidade aos nossos, nas provas da FGG.

Aliás, a nossa ligação a Espanha pode, e deve, ser desenvolvida de modo a criarmos um intercâmbio maior de jogadores nos torneios de cada lado da fronteira. Neste âmbito, propomos rever o formato dos matches existentes entre a AGNP e a FGG. Os dois torneios existentes terão de ser reavaliados, sendo uma possibilidade fundi-los num só.

Um dos objectivos Estatutários da AGNP engloba o fomento da prática de Golf a nível da Região Norte. Por conseguinte, a relação com a FPG assume para nós importância vital, pois só assim poderemos cumprir este objectivo.

O mesmo objectivo Estatutário fala na divulgação da modalidade. Esta assenta em vários vectores. Um dos maiores passa pelas escolas públicas. É nossa opinião que a AGNP deve potenciar o estabelecimento de protocolos entre os clubes, a própria Associação e os municípios, de modo a proporcionar aos jovens que frequentam as suas escolas o primeiro contacto com o Golf.

Nós prevemos uma ligeira reformulação do organigrama da AGNP. Iremos substituir a figura do Secretário - Geral pela do Secretário da Direcção. Esta pessoa irá dar todo o apoio necessário aos orgãos sociais da Associação quer no expediente diário, quer na organização e acompanhamento das provas.

É também nossa decisão reactivar o Conselho Consultivo previsto no Artigo Décimo Terceiro dos Estatutos. Pretendemos convidar para este Conselho figuras incontornáveis do Golf no Norte de Portugal e também um representante da FPG, sendo que desejamos que possa reunir no mínimo uma vez por semestre.

Os objectivos que acabamos de enunciar são objectivos para dois mandatos e que não serão possíveis atingir sem o apoio dos nossos Associados. A AGNP vive de, e para os Clubes, portanto contamos com todos e cada um de vós para nos ajudar na tarefa árdua de devolver à Associação o prestígio outrora conquistado e, a partir daí, potenciar o seu crescimento.

Não nos candidatamos com o objectivo de obter qualquer promoção pessoal, mas sim com o sentido de dever que nos assalta neste momento tão conturbado da história desta nossa Associação de Golf do Norte de Portugal.

Os Subscritores,
Amadeu da Cunha Ferreira
António Vasconcelos
Miguel Teixeira Bastos
José Domingos Silva
Pedro Porto Aguiar
Fernando Camarinha
Susana Mendes Ribeiro

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A aferição dos Handicaps e o Course Rating

Ultimamente tem-se falado muito sobre handicaps mal aferidos que levam a pontuações inimagináveis. Eu próprio já me tenho insurgido contra a falta de controlo dos handicaps de vários clubes.

Não pode ser considerado normal aparecem resultados na casa dos 50 pontos! Podem dar as explicações que quiserem, mas quando um jogador joga 14 pancadas abaixo do seu handicap não pode ser simplesmente porque “entraram os putts todos”. Ninguém que tenha boas noções de Golf ou que veja para além de amizades e/ou amores clubísticos pode achar que se faz 14 pancadas abaixo do handicap sem estar alguma coisa mal.

Importa que os jogadores saibam que cada um tem a responsabilidade de manter o seu handicap aferido relativamente ao seu nível de jogo. E isto é válido para qualquer handicap. Por exemplo, quem tiver 28 não pode continuar com 28 se estiver a jogar para 20 ou 25 só pela razão de ainda não ter jogado nenhum torneio para baixar. O que tem de fazer é falar com a Comissão de Handicaps do seu Home Club e pedir para lhe baixarem o handicap.

Neste capítulo as Comissões de Handicaps têm a sua quota parte de culpa. Têm forçosamente de estar mais atentas aos resultados que os seus jogadores fazem e exigir todos os cartões dos torneios que estes realizam noutros campos, pois muitos deles não os entregam não cumprindo com as suas responsabilidades.

Por outro lado, outra razão potenciadora de resultados fora do normal é o course rating do campo não reflectir a dificuldade do mesmo. Eu não sei promenores sob o processo de course rating, mas vejo que muitos estão desfasados da realidade. Já joguei em campos com o course rating errado por defeito e outros por excesso. Uma forma fácil de verificar esta situação é comparar os resultados gross com os resultados net.

Beijos, abraços e bom Golf, mas com a Etiqueta sempre presente!!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Prémios 2010

O ano Golfístico Nacional aproxima-se da sua conclusão. Falta apenas o Jantar Anual da FPG onde se fará a distinção dos melhores do ano.

Como sabem, eu promovi duas sondagens para o Jogador Amador do Ano e o Jovem do Ano. As sondagens chegaram hoje ao fim e foram bastante participadadas, tendo em conta o estado ainda embrionário deste blog. Agradeço a todos a vossa participação!

É importante que fique registado que eu não controlo os resultados das sondagens e apenas posso votar uma vez. Logo, os resultados apurados são apenas consequência dos votos de cada um de vocês.

Não pus nenhuma sondagem nem para o Clube do Ano, nem para o Treinador do Ano, pois estes prémios são, na minha óptica, demasiado evidentes.

O Clube do Ano não pode fugir ao Oporto Golf Club que ganhou quase tudo o que havia para ganhar desde Inter-clubes em 4 diferentes categorias a Campeonatos Nacionais de Jovens, passando pela Taça da FPG e outros torneios individuais, e fez-se representar na Seleccção Nacional nos maiores torneios internacionais.

Por tudo isto, o prémio de Treinador do Ano também não pode fugir ao Eduardo Maganinho que tem feito um trabalho excepcional ao longo dos seus 27 anos de carreira, especialmente na última meia-dúzia de anos.

O Jovem do Ano, na minha opinião, deveria ser entregue ao Tomás Silva visto que ganhou o Campeonato Nacional Absoluto. Há quem defenda a regularidade do Gonçalo Pinto, mas quando um jovem de 18 anos se sagra Campeão Nacional Absoluto deve ser considerado o Jovem Jogador do Ano.

Daqui a 10 anos ninguém se vai lembrar as tranquilidades que ganhou este ou aquele, vão se lembrar que o Tomás Silva venceu o Nacional Absoluto no melhor campo de Portugal (em termos de layout) e com muito bons resultados.

Houve quem dissesse que eu não deveria ter deixado o João Magalhães de fora da sondagem. Reconheço que o devia ter posto em deterimento do Rafael Gaspar, mas quer um quer outro vão concerteza figurar nas próximas sondagens para jovem do ano, pois ainda são muito novos.

O João fez uma época muito boa (aliás como tem vindo a fazer), no entanto eu acho que não fica nada atrás da do Thomas Perkins por exemplo. Se o Tom tivesse, como devia, ido ao Europeu de Boys, quem sabe se não teria ganho mais alguns pontos para jovem do ano?

Finalmente, eu acho que o Manuel Violas deve ser considerado o Jogador Amador do Ano. O Manuel ganhou a Taça da Federação, lutou pela vitória no Internacional Amador de Portugal, ganhou um torneio internacional, foi Campeão Nacional de Clubes pelo Oporto (onde arrasou no strokeplay) e representou a selecção tanto no Europeu como no Mundial.

Por outro lado, há quem defenda que o Pedro Figueiredo deve receber o prémio pelos resultados alcançados internacionalmente, especialmente o 9º lugar individual no Campeonato do Mundo. E são estes resultados que permitem ao Pedro ficar em 1º no Ranking Nacional BPI.

Ora, todos sabemos que este ano não houve um jogador que dominasse o Golf Nacional. Neste contexto, a minha opinião é que se deve valorizar quem ganha torneios (um pouco à semelhança do que argumentei sobre o Jovem do Ano) e quem ganhou torneios este ano foi o Manuel Violas.

A ver no dia 14 a quem é que a Federação atribui os prémios...

Fico a aguardar os vossos comentários! Abraços e bom Golf!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O estado do Golf em Portugal

O Golf nacional tem vivido tempos de muita turbulência. Ora se vê uma notícia boa, ora se vê uma má.

A opinião generalizada dos não praticantes é que o Golf é um desporto de velhos, para velhos, jogado por pessoas ricas e sem espaço para outros extractos sociais. Ora, esta ideia não podia estar mais errada!

Pôr os seus filhos a jogar Golf hoje em dia é bastante acessível. Quem não acreditar, basta informar-se juntos de dois ou três clubes e tira a média. O Golf é um desporto bastante útil para os jovens, na medida em que os pode ajudar a adquirir grandes qualidades tais como: camaradagem, respeito pelos outros, disciplina, concentração, etc.

É verdade que o Golf já foi em tempos um desporto de elite, mas é actualmente acessível a todos os extractos da sociedade e a todas as idades. No entanto, em Portugal não se tem verificado o crescimento em número de praticantes que existe noutros países da Europa continental. Aliás, o número tem baixado!

Importa, pois, perceber quais as formas de potenciar um crescimento sustentado do número de federados.

Na minha opinião, a existência de campos municipais é um factor crucial para o desenvolvimento da modalidade. Actualmente, temos apenas um campo municipal: o de Cantanhede. Este campo, apesar de ser de pitch & putt, proporciona aos habitantes da região um primeiro contacto com a modalidade e, segundo consegui apurar, tem tido bastante afluência.

Este campo contribui também para desmistificar a ideia que referi no segundo parágrafo. Esta ideia gera muitos anticorpos em determinados sectores da nossa sociedade. As pessoas que divulgam esta ideia fazem-no normalmente sem nenhum fundamento, pois são totalmente desconhecedoras da modalidade.

Outra forma de potenciar o crescimento do Golf é a criação de Escolas Municipais em parceria com os clubes locais. Um exemplo perfeito é o da escola de Vila Nova de Gaia que consiste numa parceria entre o Clube de Golf da Quinta do Fojo e a Câmara Municipal. Estas escolas permitem, aos municípios que não têm meios para construir um campo de Golf, dar a conhecer a modalidade aos seus alunos com custos muito reduzidos para estes.

Por outro lado, um factor que contribui para a ideia referida no ínicio é a pouca divulgação dos resultados alcançados pelos jogadores nacionais. Ainda há uma semana Portugal alcançou a sua melhor classificação de sempre no Campeonato do Mundo por equipas e nem uma notícia apareceu nos telejornais.

Neste capítulo, eu já referi que acho que a FPG não faz tudo o que está ao seu alcance para divulgar os resultados alcançados, assim como os torneios realizados no nosso País. Como se pode aceitar que o Portugal Masters não tenha sido objecto de reportagens dos três principais canais? O Turismo de Portugal desembolsa 3M€ para este torneio e nem a RTP faz uma reportagem?!

Por outro lado, tem de se enaltecer o papel da SPORTTV na divulgação da modalidade através da criação de um canal exclusivamente dedicado ao Golf. Ainda tem pouca informação sobre o Golf Nacional, mas quero acreditar que irá ter mais no futuro.

A candidatura à organização da Ryder Cup 2018 pode ser o grande trampolim de que precisamos. Faça todos os votos para que tenhamos sucesso! Já vi umas notícias que referiam a possibilidade de poderem ser já anunciados os locais quer para 2018, quer para 2022 dado a qualidade de todas as candidaturas que estão em cima da mesa. Se não ganharmos em 2018, espero que possamos receber o 3º maior evento desportivo Mundial em 2022!!

Esta candidatura está a entrar na recta final (e decisiva), por isso deixo aqui a sugestão à FPG que faça a maior promoção possível e que use para isso todos os praticantes da modalidade.

A última vertente que quero abordar é a Associação de Golf do Norte de Portugal (AGNP). A AGNP foi criada com o objectivo de divulgar e fomentar a prática da modalidade. Infelizmente, não tem conseguido nos últimos anos nenhum desses objectivos.

Pondo de parte os problemas administrativos que agora enfrenta por motivos de saúde do seu Presidente e também do seu Secretário Geral, não podemos ignorar que é uma instituição que simplesmente não funciona. Seja por quezílias internas, seja por falta de saúde financeira, por falta de disponibilidade dos membros dos orgãos sociais e/ou por falta de apoio dos clubes (esta ordem de factores é aleatória), a AGNP está totalmente descredibilizada e não há pessoas conhecedoras da modalidade que tenham vontade de lhe tomar as rédeas.

Por conseguinte, defendo que a AGNP deve ser integrada na Federação pois só assim pode ter uma gestão profissional e capaz de usar todo o seu potencial na promoção da modalidade. O modelo da sua gestão seria o mesmo de actualmente, salvo que o seu Secretário Geral passaria a ser funcionário da Federação e não da Associação (seguindo o exemplo de outtras modalidades).

É sabido que a AGNP não tem meios financeiros suficientes para sustentar um Secretário Geral com as qualificações necessárias a tempo inteiro. E é também do senso comum que sem um funcionário com estas características não tem condições para existir.

Esta integração poderia também levar à criação de outras associações noutras regiões do País que poderiam desenvolver um papel importante, visto que estão mais próximas das populações locais.

Em suma, há ainda muito a fazer pelo Golf Nacional. Beijos, abraços e bom golf, porque não se esqueçam que “o Golf é um desporto de Inverno”!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Expresso BPI – Campeonato Nacional de Empresas

Joguei na semana passada as meias-finais do Expresso BPI na Estela. É um torneio excelentemente organizado e muito atractivo de se jogar.

Já é a quarta vez que jogo este torneio e nunca conseguimos passar das meias-finais. É o sentimento generalizado na nossa equipa que é muito difícil passar. Só com condições atmosféricas adversas, podemos ter alguma hipótese, dado a pontuação fora do normal que alguns pares conseguem com condições benéficas (sem vento ou chuva).

Ainda nestas meias-finais houve um par que conseguiu fazer a surreal soma de 50 pontos. Sim, CINQUENTA PONTOS! Jogavam com handicap 12 e fizeram 2 abaixo gross! Ora, sabendo que foram “controlados” durante o jogo (ou seja, não fizeram batota), é impossível alguém afirmar que têm o handicap devidamente aferido.

O que este torneio vem pôr a nú é a falta de controlo dos handicaps em Portugal. Já referi noutro artigo que deixar inúmeros clubes sem campo fazer atribuição de handicaps sem controlo pode levar a situações deste género. Há muitos jogadores que gerem o seu handicap durante o ano para poderem chegar a estas provas e ganhar viagens!

A Federação deveria permitir o acesso a todos os registos de handicaps dos seus federados (alguns clubes já permitem, o Oporto é um deles). Há várias maneiras de gerir handicaps. Por exemplo: se se estiver a jogar bem, fazer muitas pancadas nos últimos buracos de algumas provas para não se descer; criar torneios (que nem são jogados) com meia dúzia de jogadores em que todos jogam acima do seu handicap; não inserir bons resultados obtidos fora do seu home club; etc.

Só assim seria possível tirar todas as dúvidas sobre os handicaps de todos os jogadores nacionais.

Em relação ao Expresso BPI, é minha opinião que teria muito a ganhar se alterasse a modalidade de jogo para Greensomes (duas saídas, escolhe-se a melhor e joga-se pancadas alternadas) pois é uma forma de jogar muito mais justa que o Texas Scramble.

O Texas Scramble permite situações muito injustas, como por exemplo poder colocar a bola no meio da areia ou dos chorões depois do parceiro ter jogado do lie inical. É como se estivesse a jogar do fairway!

Só mudando a modalidade se pode evitar resultados inimagináveis como os registados nas várias eliminatórias e trazer mais credibilidade ao Campeonato Nacional de Empresas para, por conseguinte, defender o verdadeiro valor do Golf: o respeito pelo jogo e pelos adversários.