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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Campeonato Nacional Absoluto 2011

Caros amigos golfistas, terminou no sábado o Campeonato Nacional Absoluto de 2011 no Oporto Golf Club. Importa, pois, reflectir sobre alguns pontos:

1) O Gonçalo Pinto provou que está no bom caminho para ser um grande jogador de Golf. É dos nossos jovens jogadores mais promissores e trabalhadores. Fez a opção de se dedicar exclusivamente à modalidade, deixando os estudos de parte, e até agora tem obtido bons resultados. Infelizmente, em Portugal, continua a ser necessário optar por ser atleta de alta competição ou estudar, pois são situações completamente incompatíveis. Desejo-lhe a maior sorte no futuro.

2) O Golf Feminino Português encontra-se em mau estado. Prova disso são os resultados do Campeonato. Tirando as duas últimas voltas da Magda Carrilho (que merece indiscutivelmente os meus Parabéns), o nível geral foi muito fraco. Ao fim de dois dias de prova, a líder levava já 15 acima do par do campo. Não consigo, sinceramente, entender porque há tão poucas jogadoras de handicap baixo em Portugal e, principalmente, porque não jogam melhor. Não é por falta de apoio, não é por falta de divulgação (aliás a FPG até já criou uma comissão para o efeito) e também não é por falta de torneios, quer nacionais, quer internacionais. Será que é por não gostarem?

3)A falta de civismo dos jogadores em geral é cada vez mais gritante. A quantidade de divots por repor, de pitch marks por reparar e de bunkers por alisar é absolutamente inacreditável. Não se concebe que um jogador de Golf tire um “bife” do meio do fairway e seja incapaz de o recolocar.

Neste Campeonato vi imensos jogadores a não repor os divots, mas não vi nenhum árbitro a chamar à atenção os jogadores. Não pode ser! Um campo dá muito trabalho a manter. Se o queremos em boas condições, todos temos de cumprir o nosso papel. Faz parte da Etiqueta do Golf. Deixo aqui uma sugestão: porque não criar uma regra local que penalize quem não recolocar o divot? Provavelmente, iríamos ver muito menos divots no campo...

4) O campo do Oporto mais uma vez provou não ser tão fácil como parece. Muita gente diz que é um campo acessível porque tem os fairways muito largos. Ora no final de 4 dias, ou seja 72 buracos, só um jogador acabou abaixo do par do campo. Quem diz que é muito fácil é melhor lá ir e ver se consegue cumprir o seu handicap....

5) O preço da inscrição para um jogador maior que 23 anos é de 75€. Isto representa um aumento de 4 vezes em relação a quem tem entre 19 e 23 anos. Eu acho que é muito dinheiro. Actualmente, é cada vez mais complicado um jovem de 24 anos já estar empregado e a ganhar mais do que o salário mínimo. Eu sugiro que se faça a distinção entre maiores de 24 e maiores de 35 anos. Porque não cobrar 40€ entre os 24 e os 35 e 75€ para os maiores de 35 anos?

Outros assuntos haveria para reflectir, mas estes são os que me parecem mais importantes neste momento. Comentem à vontade, desde que com educação e etiqueta!

P.S.: Li um artigo na revista “Golfe Magazine” que me deixou perplexo. Não me recordo do nome do cronista, mas apenas do estilo que em que escreveu. Era um artigo quase só em calão. Não dignifica em nada a nossa modalidade e, tão pouco, contribui para o seu crescimento. Deixo aqui o meu voto de protesto pela sua publicação.

6 comentários:

  1. Parabéns por mais este excelente artigo. Estou de acordo com todos os pontos deste artigo. Infelizmente o Golfe Feminino está longe de ter jogadoras de hcp muityo baixo a a poder competir Internacionalmente a bom nível. Mesmo o Golfe Masculino sofre desse problemas, pois salvo raras excepções, chega o dia em que se tem de optar entre o Golfe e os estudos. Em Portugal não há soluções (só fora e não serão certamente parea todos.
    Eu também participei (e mal) no Campeonato Nacional e não só vi, como reparei imensos divot's e pitch marks. Tem de se condenar quem não repara, mas acima de tudo e junto dos jovens (que são a maioria), optar por uma cultura pedagógica e aí sim, os árbitos têm um papel fundamental.

    Força Miguel, são necessários ais artigos dentro da linha que nos tens habituado.

    Abraço,

    Fernando Serpa

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  2. Caro amigo digital,

    primeiro que tudo os meus parabéns pelo blogue, unico, pertinente e por vezes, utilmente, incómodo!

    Ficam umas dúvidas existenciais:

    "O que se tem feito pela formação de jovens, a nível institucional?

    Como pode existir e crescer essa educação desportiva, quando não existe, rigorosamente, nenhuma política estruturada na formação de jovens??

    e como tem evoluido a formação dos profissionais de ensino?

    Porque continuamos a acreditar que o ensino dos jovens é identico ao de um adulto??

    Para finalizar, o meu amigo está a par da estruturação ao nível do ensino e da formação de jovens a Quinta do Fojo está a fazer?

    Merecia, sem dúvida, uma referência neste fantastico blogue!!

    Cumprimentos e mais uma vez Parabéns!

    Um amigo.

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  3. António Vasconcelos26 de abril de 2011 às 11:56

    Caro Miguel,
    Passaram-se realmente duas situações (pelo menos...)bem negativas no ambito do golfe, esta semana. Uma delas foi a clara constatação do «mau» que vai o nosso golfe feminino em Portugal. Para que se criam Comissões para o Golfe Feminino há mais de 2 anos, sem que se veja uma unica melhoria nesse panorama???
    Outro foi a publicação desse artigo sobre calão (eu diria mais, linguagem pornografica, para uma revista publica...) sem qualquer sentido nem conteudo, escrito por um (dizem-me...) antigo jornalista...Só quero acreditar que esse artigo foi publicado á rebelia do Ramiro...
    Também, não queria deixar de comentar a questão dos divots e pitch marks durante o Nacional. Eu estive lá, nos 4 dias como Arbitro e verifiquei que em geral TODOS os jogadores recolocavam os divots e reparavam os pitchs sempre que estavam com um arbitro á vista, recordo-me de ver os jogadores a arranjar os referidos estragos, pelo que nunca foi necessario chamar a atenção a ninguem, mas infelizmente os arbitros que estavam aí destacados não poderiam nunca cobrir os 18 buracos em toda a sua atenção. Eu acho que os Clubes devem, esses sim, educar os seus sócios a cumprir essa etiqueta...pois é primeiro deles a obrigação da formação dos seus socios no campo das Regras e Etiquetas... e que eu saiba quase nenhum Clube promove Sessões de Regras e Etiqueta com prelectores credenciados.
    Por fim, e estando em tudo relacionado com este assunto, no final do ultimo dia deste Nacional, e depois de visitar o Campo de Pitch & Putt do Oporto, fiquei «estarrecido» com o estado do campo, que na semana passada estava «IMPECÁVEL», com divots enormes em frente dos greens, e «crateras» nos Tees que são novos...cheguei a medir um divot no Tee do 4 com «9 cm» de profundidade!!!
    Nos dias do Nacional vi varias pessoas do Clube e não só a usar o Campo como bem entendiam, sem reparar pitch, divots, etc, jogando sem ser na ordem instucionalizada, acabando de jogar de um green e bater mesmo dai para um outro green fora de ordem...e o buracão ficou lá...
    Bem, claro que antes de me vir embora, reportei ao Greenkeeper, ao Caddie Master, ao Profissional do Clube e á Direcção, na pessoa da sua Secretária, que me garantiram que se iriam tomar medidas... Bem hajam!
    Um abraço e lutemos por um golfe mais civilizado....

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  4. DAR A CARA É OBRIGATÓRIO
    Para que fique claro não conheço tal artigo da revista GM, mas não podia deixar passar o facto relatado e um comentário sobre o mesmo.
    A minha legitimidade crítica pelo facto de dois comentaristas do blogue, não serem capazes de identificar o autor de tal publicação, só me leva a pensar que a cobardia continua ou a reacção foi encomendada e irreflectida.
    Não me escondo em palavras subtis, não cubro a cara com uma peneira, ou fecho os olhos por pura conveniência. Dar a cara é sinónimo de clareza, educação, forma de estar. Estaremos todos esquecidos da frase de ordem “Pela cristia……………………” palavrão desconhecido no meu vocabulário, muito menos na minha referência linguística no sentido que lhe foi dado.
    Tudo isto para dizer que sou o Joaquim Gomes e que o meu clube é a Quita do Fojo.
    Identificado questiono!
    Será que os dois comentaristas não têm a revista na frente do nariz, para identificarem o nome do cronista da GM?
    Será que pensam, que esconder a cabeça na areia como a avestruz, é mais fácil e podem assim ter uma porta aberta para aparecerem no álbum de fotos?
    Respeito os meus amigos António Vasconcelos e Miguel Teixeira Bastos mas não poço compreender nem aceitar tal comportamento, se perderam a revista para identificar o autor eu poço solicitar ao Director Jesus Ramiro que vos envie mais um exemplar para a colecção existente nas vossas mesas. Vou com certeza esperar que um dos meus amigos, me diga qual foi o número da publicação para também poder analisar e criticar, se algo tiver a dizer fa-lo-ei directamente ao cronista com cópia á Direcção redactorial.
    Deverá ser por atitudes desta natureza que esta semana acabarei por aceitar o convite já á muito endereçado, para colaboração redactorial numa revista de golfe.

    Joaquim Gomes

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  5. Caro Joaquim,

    Não vale a pena exaltar-se nem procurar segundas intenções no que escrevo. Já me devia conhecer melhor para saber que se há pessoa que dá a cara sou eu! Senão não escrevia sobre o assunto...
    A única e exclusiva razão pela qual não disse qual era o nome do cronista foi por não me lembrar. Já tinha lido o artigo há uns dias e não tinha a revista comigo, pois não é meu hábito guardá-las. Mas é perfeitamente identificável para quem ler a revista.
    O que interessa é o artigo em si e a sua publicação. E também acho que não vale a pena "perder" tanto tempo com este assunto.

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  6. Amadeu da Cunha Ferreira4 de maio de 2011 às 00:08

    Meus Caros Amigos

    Estou certo que o comum Amigo Ramiro está feliz com os comentários que o artigo do Bertolino, provocaram.

    Nenhum deles precisa de advogado de defesa, pois andam cá pelo golfe, há bastantes mais anos que alguns dos dos autores de comentários.

    Não escrevendo de nenhum "poço", sempre posso, devo e permito-me lembrar, que a contenção em especial na escrita, é certamente a melhor amiga do "cavalheirismo" recomendado nesta actividade desportiva, que todos defendemos. GOLFE.

    Abraço amigo e disponível. Amadeu

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