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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Prémios 2009 FPG

No passado mês de Dezembro teve lugar o jantar anual da Federação Portuguesa de Golf em que foram distribuídos os prémios dos torneios mais importantes de 2009 e os prémios ditos especiais, ou seja, aqueles que (supostamente) premeiam as pessoas ou instituições que mais se distinguiram durante o ano.

Destes, há os decididos pela Comissão de Campeonatos e Alta Competição (Jogador Amador do Ano e Jogador Jovem do ano) e os decididos pela direcção da FPG (clube do ano, treinador do ano, etc.). É sobre os últimos que vou escrever hoje, pois foram os que me chocaram mais.

Não está aqui em causa quem os recebeu (Estela Golfe Clube e a sua Treinadora), mas sim os critérios em que se fundamentou a sua atribuição. Até hoje me pergunto quais poderão ter sido esses critérios, e se de facto eles existiram!

Durante o meu curso sempre me ensinaram a fazer um gráfico quando quisesse corroborar os meus argumentos. Ora, como se pode ver no gráfico abaixo, as diferenças quer em número de prémios, quer em número de jogadores premiados são esmagadoras!! Isto para não falar no número de jogadores cedidos à selecção nacional tanto pelo Oporto como por Vilamoura.


Apesar de toda a indignação que isto me provoca, no que temos de pensar são as consequências que a má atribuição destes prémios acarreta.

Há pessoas que dedicam, com sacrifício, muito da sua vida pessoal e profissional ao Golf a tentar ajudar o crescimento da modalidade e outras que fazem do ensino da modalidade a sua profissão. Qual será a motivação dessas pessoas para continuar com o mesmo empenho, se chegam ao final do ano e não vêem reconhecido o seu trabalho pela única instância capaz de o fazer a nível nacional?

Aqui não estamos a falar de golos anulados, ou de pénaltis mal assinalados, estamos a falar de prémios que deveriam ser atribuídos com base em critérios claros e conhecidos publicamente.

Finalmente, pode também haver consequências ao nível dos próprios jogadores, pois no fundo são eles os principais responsáveis pelos torneios ganhos. A confiança no seu trabalho e nas suas capacidades pode ser seriamente abalada, principalmente quando estamos a falar de jovens a dar os primeiros passos no Golf.

Comentem à vontade, mas fiquem desde já avisados que não vou tolerar insultos e más-criações! Beijos, abraços e Bom jogo!

5 comentários:

  1. Gostei do primeiro artigo! tudo o que dizes e verdade, mas ninguem ainda teve a coragem de dizer publicamente! As nomeações são por vezes ou muitas vezes mal feitas porque os membros da FPG não acompanham de todo o golfe em Portugal ,apenas estão nesses cargos como forma de terem visibilidade social. Por exemplo: Como se justifica que um Presidente de uma Federação não conheça mais de metade dos jogadores das selecções Nacionais?! (não são assim tantos jogadores). Enfim, terás muito trabalho e muita escrita pela frente! hehe Abraço

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  2. Quero felicitar-te desde ja pela ideia maravilhosa que tiveste em criar este blog. Concordo plenamente com aquilo que escreveste, e adorei o trabalho que tiveste em contabilizar quais eram os clubes de todos os vencedores.
    Beijinho* e bom trabalho!

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  3. Caro Sr. Presidente

    Concordo com o uso de graficos para exemplificar o seu argumento e ponto de vista, ou nao fossemos da mesma escola de ensino. O problema dos graficos, e mais especificamente dos analistas tem a ver com a filtragem de informacao a conter no grafico. O que eu quero dizer com isto e o seguinte, o john deere open de milwaulkee nao tem o mesmo peso do US open logo nao podem ser todos contidos na mesma saca. No calendario da federacao e como todos sabemos existem dois "majors", campeonatos estes divididos entre categorias masculina e feminina, o que significa que existem quatro vencedores a atribuir. Ora a Estela conquistou 50% ou dois desses campeonatos. No que a clubes diz respeito existe uma prova que se superioriza a todas as outras como todos nos sabemos, e que tambem se divide em 2 categorias onde a Estela tambem voltou a ganhar uma delas. Visto por este prisma e analizando entao apenas as provas mais importantes do calendario realcamos que o Estela Golf clube ganhou nada menos do que metade das provas consideradas mais importantes do calendario nacional. Visto por este lado se calhar ja se consegue ver um pouco melhor o que levou a federacao a atribuir os respectivos premios. Tudo depende dos pesos que atribuimos a cada variavel, e logo por ai obtemos resultados diferentes, pois como todos sabemos e facil corroborar graficos com a nossa opiniao, tudo depende da filtragem.
    De resto parabens pela ideia, parece me muito produtiva e bem intencionada e concordo com tudo o que dizes sobre criterios, e necessario uma melhor clarificacao, pois todos nos jogadores ja sentimos na pele a injustica deles e respectiva falta de justificacao.
    Por ultimo peco desculpa pela falta de pontuacao mas estes teclados argentinos nao dao treguas.

    Um grande abraco

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  4. Afonso Leite de Castro2 de fevereiro de 2010 às 14:56

    Grande Miguel,

    Antes de mais gostaria de te congratular pela brilhante iniciativa que tiveste. É extremamente positivo verificar a existência de um espaço privilegiado onde seja possível debater de uma forma honesta as questões que assolam o golfe Nacional.

    Observo com agrado que o teu primeiro post incide particularmente sobre as escolhas efectuadas referentes aos prémios entregues na respectiva gala do golfe, especificamente o de “Clube do Ano” e “Profissional do Ano”.

    Visto desconhecer os critérios exactos utilizados para atribuição desses mesmos prémios, sinto não possuir elementos suficientes para concordar/discordar com a atribuição dos mesmos.

    No entanto, e assumindo apenas como válido aquilo que aqui escreves (um critério puramente desportivo), sou obrigado a discordar da tua análise, pois penso ser um pouco redutor levar em linha de conta somente uma abordagem puramente quantitativa e nada qualitativa.

    Obviamente que o número de títulos conquistados é uma variável relevante mas, a qualidade dos mesmos é, na minha óptica, bem mais importante.

    Se virmos bem (e aqui vou fazer um pouco o papel de “advogado do diabo”), se houve clube que este ano se salientou em termos desportivos esse clube foi o CG de Vilamoura.

    Senão vejamos:

    - jogador com melhor performance nos “majors” nacionais (RM Gouveia)
    - jogador com melhor performances a nível internacional (JM Jóia)
    - venceu o Nacional de Clubes com uma equipa totalmente formada nas suas escolas.

    Ou seja, na minha óptica e levando em linha de conta um critério puramente desportivo, este ano o meu “voto” teria sempre de incidir sobre o CG Vilamoura, face à diversidade e qualidade dos títulos obtidos.

    Ora, chegado a este ponto vais obviamente questionar-me o porquê então de não defender a Estela, já que a nível feminino este clube apresentou um domínio avassalador.
    O problema aqui reside no facto de a concorrência/competitividade ser ainda (infelizmente) muito díspar entre o golfe masculino e feminino. É (ainda) hoje bem mais fácil ter uma posição dominadora ao nível deste último e, como tal, os pesos para atribuição de um prémio de mérito desportivo não podem/devem ser equacionados na mesma proporção.

    Resumindo: apesar de concordar em parte com a abordagem mais qualitativa do Albino, penso que esta cai no erro de equiparar a competitividade entre o golfe masculino e feminino o que, infelizmente, está ainda hoje longe de ser uma realidade

    E por agora é tudo, despeço-me esperando que os teus próximos posts aqui publicados mantenham a qualidade que te reconheço (e da qual este é um bom exemplo).

    Grande Abraço!

    Ps: Tomás, discordo totalmente do post que aqui deixaste. Se estivéssemos a falar do director técnico ou do selecionador nacional, estaria cem por cento de acordo contigo.
    Qt ao Presidente da FPG, caso queira conhecer os jogadores seleccionáveis, óptimo!
    Caso contrário… tudo bem na mesma!

    As directrizes que regem a função da Presidencia da FPG passam acima de tudo por representar o golfe português ao mais alto nível institucional nas respectivas instancias internacionais.
    Pelo conhecimento que tenho, penso que esse trabalho está a ser executado de uma forma extremamente positiva!

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