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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Expresso BPI – Campeonato Nacional de Empresas

Joguei na semana passada as meias-finais do Expresso BPI na Estela. É um torneio excelentemente organizado e muito atractivo de se jogar.

Já é a quarta vez que jogo este torneio e nunca conseguimos passar das meias-finais. É o sentimento generalizado na nossa equipa que é muito difícil passar. Só com condições atmosféricas adversas, podemos ter alguma hipótese, dado a pontuação fora do normal que alguns pares conseguem com condições benéficas (sem vento ou chuva).

Ainda nestas meias-finais houve um par que conseguiu fazer a surreal soma de 50 pontos. Sim, CINQUENTA PONTOS! Jogavam com handicap 12 e fizeram 2 abaixo gross! Ora, sabendo que foram “controlados” durante o jogo (ou seja, não fizeram batota), é impossível alguém afirmar que têm o handicap devidamente aferido.

O que este torneio vem pôr a nú é a falta de controlo dos handicaps em Portugal. Já referi noutro artigo que deixar inúmeros clubes sem campo fazer atribuição de handicaps sem controlo pode levar a situações deste género. Há muitos jogadores que gerem o seu handicap durante o ano para poderem chegar a estas provas e ganhar viagens!

A Federação deveria permitir o acesso a todos os registos de handicaps dos seus federados (alguns clubes já permitem, o Oporto é um deles). Há várias maneiras de gerir handicaps. Por exemplo: se se estiver a jogar bem, fazer muitas pancadas nos últimos buracos de algumas provas para não se descer; criar torneios (que nem são jogados) com meia dúzia de jogadores em que todos jogam acima do seu handicap; não inserir bons resultados obtidos fora do seu home club; etc.

Só assim seria possível tirar todas as dúvidas sobre os handicaps de todos os jogadores nacionais.

Em relação ao Expresso BPI, é minha opinião que teria muito a ganhar se alterasse a modalidade de jogo para Greensomes (duas saídas, escolhe-se a melhor e joga-se pancadas alternadas) pois é uma forma de jogar muito mais justa que o Texas Scramble.

O Texas Scramble permite situações muito injustas, como por exemplo poder colocar a bola no meio da areia ou dos chorões depois do parceiro ter jogado do lie inical. É como se estivesse a jogar do fairway!

Só mudando a modalidade se pode evitar resultados inimagináveis como os registados nas várias eliminatórias e trazer mais credibilidade ao Campeonato Nacional de Empresas para, por conseguinte, defender o verdadeiro valor do Golf: o respeito pelo jogo e pelos adversários.

domingo, 17 de outubro de 2010

O Portugal Masters e a Ryder Cup 2018

Hoje acabou o Portugal Masters (PTM) de 2010. Tive o privilégio de ser caddie do Tiago Rodrigues e poder conviver com algumas das estrelas do Golf Mundial. Já tinha sido caddie do Tiago no Open de Portugal 2009, mas o ambiente do Portugal Masters é como comparar água com vinho!

Infelizmente, o Tiago não conseguiu jogar de acordo com o seu potencial e ficou fora do cut. Fica, no entanto, a certeza de que tem todas as condições para se bater com as estrelas da modalidade no futuro desde que continue a treinar com a preseverância e disciplina que tem hoje em dia.

O PTM é de longe o melhor torneio de Golf alguma vez realizado em Portugal. Apesar de este ano não ter atraído o mesmo número de estrelas que no ano passado, continua a afirmar-se como um dos bons torneios do European Tour. Todos os jogadores e caddies com quem falei disseram-me que o bom tempo que temos nesta altura no Algarve é uma das grandes razões que os fazem marcar presença no torneio.

O menor número de grandes jogadores presentes deve-se, em grande parte, à Ryder Cup ter sido jogada há 2 semanas e ter sido seguida pelo Dunhill em St. Andrews. Além do Prize Money do Dunhill ser 1,67 vezes maior que o do PTM, o cansaço inerente à participação nestes dois grandes torneios retirou alguns dos jogadores da equipa Europeia ao nosso torneio.

Esta foi também uma semana decisiva para a nossa candidatura à Ryder Cup 2018. Eu já escrevi sobre este tema na altura em que a candidatura foi lançada. Expressei as minhas dúvidas e incertezas quanto à sua elaboração, mas manifestei também o meu total apoio e desejo de sucesso. Conseguir trazer a Ryder Cup para o nosso País poderia constituir um grande (e necessário) impulso para o desenvolvimento do Golf.

Temos grandes pontos a nosso favor, como por exemplo as horas de Sol que temos nesta altura do ano, o facto de as pessoas virem para Portugal para jogarem Golf e não para visitarem uma cidade como Paris, Munich, Amesterdão ou Madrid e também pelo grande crescimento no número de jogadores que a Ryder Cup poderia potenciar.

Pelas notícias que tenho lido sobre este tema, um dos factores essenciais para vencer a organização da Ryder Cup é o estabelecimento de um compromisso duradouro com o European Tour. Isto é, a candidatura vencedora terá de garantir o patrocínio de um grande torneio do Tour durante vários anos (parece que o Wales Open está garantido por 10 anos).

Ora, perante isto e todas as dificuldades orçamentais Portuguesas, será que não vale a pena pensar em juntar os torneios profissionais existentes em Portugal num só? Se se juntasse o Open de Portugal, o Open da Madeira e o PTM num torneio de grande dimensão garantiríamos com certeza uma maior exposição do nosso País como destino de Golf e aumentávamos as nossas hipóteses de ganhar a organização da Ryder Cup.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

120 anos

Este ano comemoram-se os 120 anos do Oporto Golf Club e, consequentemente, do Golf Nacional. É com grande orgulho que sou sócio do OGC e que vou ter a oportunidade de estar presente na comemoração deste aniversário.

Para mim, o Oporto encarna os verdadeiros valores desta modalidade: história, respeito e companheirismo. Tradicionalmente, o Golf é considerado um desporto de Gentlemans. Os jogadores são responsáveis por cumprir e fazer cumprir as regras da modalidade.

O princípio básico das regras é a justiça: “Play the ball as it lies, play the course as you find it, and if you cannot do either, do what is fair.” Esta deveria ser a primeira frase ensinada aos jovens que se iniciam no Golf, juntamente com os princípios da etiqueta presentes também no livro de regras. A etiqueta inclui princípios como o do tratamento do campo (repor divots, alisar bunkers, etc) e como o respeito pelos “fellow-competitors” (p.e. jogo lento, manifestações de insatisfação desadequadas). Que outro desporto conhecemos que tenha uma secção no livro de regras dedicada a estes princípios?

Ora, tendo sempre em mente estes princípios, a comemoração desta efeméride deveria constituir o ponto de partida para se analisar o estado do Golf Nacional. Por que razão não se tem conseguido aumentar o número de jogadores nos últimos anos?

Podem ser apontadas duas grandes razões: a falta de campos públicos para a prática de modalidade a preços reduzidos e a falta de um jogador de nível mundial capaz de atrair a atenção dos media nacionais.

Começando pelos campos públicos, é incompreensível que ainda não se tenha conseguido construir o campo do Jamor. Louvando o trabalho da FPG na procura deste objectivo, não se entende como há atrasos sucessivos com qualquer governo (seja PS ou PSD). Há também agora o problema das providencias cautelares impostas pelos ambientalistas, mas esse é um problema da justiça e sobre o qual não tenho dados para me pronunciar.

Se houvesse um bocadinho mais de empenho por parte dos governos e das autarquias, já se tinham criado outros campos noutros concelhos (como o de Cantanhede) que permitissem o desenvolvimento da modalidade. Porque será que o Golf é sempre preterido em relação ao Ténis ou até ao Rugby??

Passando à segunda razão que indiquei, é minha opinião que já muito se faz hoje em dia para poder ter um grande jogador mundial. A grande esperança é o Pedro Figueiredo que já alcançou resultados extraordinários e é um rapaz com muita cabeça e que sabe o quer na vida. Espero que lhe corra tudo bem e que daqui a 4 ou 5 anos o vejamos a jogar o circuito Europeu. Mas há mais jovens amadores que podem dar o salto, assim como os profissionais que passaram agora à segunda fase da escola de qualificação. O Tiago Cruz já esteve muito perto uma vez de conseguir o cartão do European Tour e provou que somos capazes de lá chegar.

O aparecimento da SPORTTVGOLFE é uma grande notícia para a modalidade, mas sem contar com isso e com os programas de 10 min na SICNOTICIAS não se vê nenhuma outra notícia sobre Golf. Infelizmente, é muito raro o dia em que se vê uma notícia sobre Golf num telejornal dos 3 principais canais. Como é possível que nenhum deles tenha trazido ao ecrán uma notícia sobre o Open de Portugal realizado este ano na Penha Longa? Se fosse o rali era só directos a toda a hora, como é Golf não interessa! Nem uma notícia!! Será que a FPG já fez tudo o que está ao seu alcance neste assunto?

A candidatura à Ryder Cup 2018 pode ser uma alavanca muito forte para o lançamento do Golf como modalidade nacional se for bem aproveitada.

Os próximos meses serão decisivos para a definição da nossa candidatura com a realização do Portugal Masters em que já estão confirmados sete dos 12 da equipa europeia da Ryder Cup 2010. Faço votos para que o torneio seja mais uma vez um grande sucesso e que tenhamos uma estrela mundial a ganhá-lo, pois era uma grande ajuda para pormos o nosso País nas bocas do mundo golfista e aumentarmos as nossas hipóteses de receber a Ryder Cup.

Importa também pensar qual o papel que a Associação do Golf do Norte de Portugal poderá desempenhar na promoção e divulgação da modalidade junto das escolas do Norte do País.

Concluindo, resta-me dar os Parabéns ao OGC pelos 120 anos e a todos os que contribuíram e contribuem para que o Clube seja a referência que é hoje no Golf Nacional e fazer votos para que, aquando dos 150 anos, se possa festejar um aumento significativo no número de praticantes.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ganhar a todo o custo

Nos últimos torneios de jovens assistiu-se a cenas lamentáveis protagonizadas por jogadores a tentar ganhar por desclassificar e/ou penalizar os seus adversários.

Passou-se no nacional de jovens, como o João Pedro Themudo já relatou no seu blog, e passou-se num torneio do projecto drive do Norte. O que se passou no nacional de jovens foi inacreditável! E, poucos dias volvidos, a mesma jogadora conseguiu desclassificar um jogador no dia seguinte ao torneio porque este tinha levado um caddie durante 9 buracos.

Eu, tendo seguido muito de perto diversos torneios de jovens nos últimos anos, acho que o que se impõe pensar é quem é que ensina aos jovens estes métodos? São os pais, os treinadores?? É que se são os treinadores estamos muito mal, porque assim o Golf no nosso país não vai a lado nenhum...

O que é para mim mais chocante, é jogadores de tão tenrra idade já terem tanta falta de respeito pela modalidade e pela sua história. Quem não viu já o Jack Nicklaus a dar um putt ao Tony Jacklin no último match da Ryder Cup de 1969? Sabem o que ele disse? “I don't think you would have missed that Tony, but I didn't want to give you the chance.” Isto é a história e a essência desta modalidade de que tanto gostamos e estes são os valores que devemos preservar e ensinar aos jovens!

Outro grande exemplo do que significa o Golf para quem o joga, aconteceu há pouco tempo com o Brian Davies a perder um torneio no playoff auto-penalizando-se!

Todos os míudos deviam ver estes momentos, assim como o video sobre etiqueta do R&A antes de começarem a jogar competições.

E não podemos também esquecer que os árbitros deveriam estar mais atentos a estas situações e desempenhar funções de dissuasão destes comportamentos...infelizmente estas situações já começaram a acontecer na alta competição nacional há alguns anos!

domingo, 27 de junho de 2010

Potencial do Projecto Drive

O projecto Drive é, na minha opinião, uma das melhores iniciativas da FPG até hoje no Golf nacional. Tem permitido a vários jovens a iniciação no mundo competitivo aprendendo a lidar com todas as características inerentes aos torneios, especialmente, com as sempre importantes e complicadas regras de Golf!

Os torneios do Drive têm o seu apogeu por esta altura (devido às férias escolares) e os níveis de participação tem sido bastante elevados. Esta será também a altura ideal para se pensar no alrgamento deste projecto.

O potencial enorme que possuem as escolas poderia ser aproveitado por este projecto com acções de divulgação da modalidade por parte de monitores contratados pela FPG. Infelizmente, a ideia geral sobre o Golf continua a ser a de um desporto de elite, possível só para alguns e muito exigente em termos monetários. Ora, hoje em dia, o carácter elista desapareceu completamente e já não é tão caro começar a jogar dado os vários driving ranges existentes no nosso país.

Este potencial das escolas tem sido aproveitado tanto por entidades privadas ligadas ao Golf, como por alguns clubes. Por exemplo, aqui no Norte existe o exemplo do Golf da Quinta do Fojo que fez um acordo com a câmara de Gaia para a divulgação da modalidade nas escolas do concelho.

Eu penso que a federação e a AGNP podiam ser o motor desta expansão fazendo as tais acções de divulgação junto das escolas, celebrando para esse efeito acordos com as câmaras municipais e com os clubes locais. Estes acordos permitiriam, mediante o sucesso das acções de divulgação, a criação de escolas municipais de Golf com o apoio dos municípios nas despesas com treinadores e a cedência por parte dos clubes (ou entidades gestoras dos campos) das suas instalações para o funcionamento destas escolas.

Em suma, com a criação destes acordos estaríamos, com certeza, a retirar todos os dividendos possíveis do Projecto Drive para o crescimento do número de jovens jogadores de Golf em Portugal!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Boas Notícias para o Golf Nacional

Infelizmente, a cadência dos artigos continua muito aquém das minhas (e provavelmente das vossas) expectativas , mas não tendo tido o tempo necessário para dedicar a este blog. Vou tentar escrever dois ou três artigos nas próximas semanas, visto que não faltam temas!

Deixem-me partilhar convosco que tive muitos comentários positivos relativamente ao artigo sobre a AGNP, no entanto, essas pessoas ou não podem, ou não querem exprimir a sua opinião em público. Fiquei desiludido por o autor do comentário anónimo a esse artigo não se ter assumido, dado que fazia acusações graves e levantava questões pertinentes relativamente à gestão da AGNP e às relações com algumas empresas.

Entrando no tema do título, as últimas semanas trouxeram várias boas notícias para o Golf Português!

Começando no plano desportivo, os jogadores nacionais obtiveram excelentes resultados na Copa Andalucia! O destaque maior vai, obviamente, para o Manuel A. Violas que ganhou a competição, mas não nos podemos esquecer dos outros jogadores que também se classificaram em excelentes posições (tivemos 5 jogadores no TOP 10)!!

O grande esforço investido nas selecções nacionais nos últimos anos tem com certeza sido recompensado pelos resultados alcançados!

Na semana passada, estive em Tróia a jogar o Nacional Absoluto e pude ver um final fantástico de prova com o Tomás Silva a igualar o birdie do Miguel Gaspar no último buraco para vencer o Campeonato por apenas uma pancada! Num campo considerado por muitos o mais díficil do País registaram-se excelentes resultados. Pena que o campo (para mim com um layout fenomenal) não estivesse nas melhores condições e que isto seja recorrente em vários torneios da FPG ao longo do ano…este será certamente um tema a que irei voltar!

Referência também para a prova feminina que só também só ficou decidida nos últimos dois buracos. Parabéns ao Tomás Silva e à Joana Silva Pinto pelas conquistas!!

Ora, nestes torneios ficou patente a maturidade evidenciada pelos jogadores nacionais em situações de alta pressão, a qualidade técnica do seu jogo e, last but not least, a capacidade física existente para resistir a duas semanas seguidas muito intensivas!

Por conseguinte, no rescaldo do Open da Madeira e na antecâmara do Open de Portugal, é urgente repensar os critérios de atribuição de wild cards para estes torneios. Essencialmente no Open da Madeira tem-se verificado a atribuição de convites a profissionais de ensino sem qualquer espécie de treino e de experiência em torneios de alta competição. Não incluindo nesta reflexão os profissionais portugueses que já jogam em Tours secundários a nível europeu, porque não atribuir esses lugares aos amadores de topo nacionais (com critérios bem definidos), para potenciar o seu crescimento como golfistas e, quem sabe, servir de plataforma para mais altos voos? Li um artigo bastante interessante do Joel Neto sobre este tema na altura do Open da Madeira…

Em segundo lugar, não posso deixar de manifestar a minha alegria por sermos candidatos à organização da Ryder Cup 2018!! Mas, sobre este assunto há também muito a questionar. Vou esperar pela apresentação oficial da candidatura (penso que é amanhã) para depois escrever sobre isso.

Finalmente, queria desejar boa sorte ao Secretário Geral da FPG que é candidato a Director Executivo da IGF. Ter um português num lugar de tanta responsabilidade só poderia trazer benefícios para o Golf Nacional!

Beijos, abraços e bom Golf que está aí a Primavera!!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

O Golf Feminino

Passa já mais de um mês desde o meu último artigo, mas não tem sido possível dedicar o tempo necessário ao blog.

Relativamente ao meu último artigo tenho a acrescentar dois pontos:

1)Reconheço que o estilo possa ser considerado um pouco brusco, mas não é minha intenção ser agressivo nem insultuoso para ninguém. Vou tentar melhorar nesta parte sem, no entanto, deixar de chamar a atenção para os pontos fulcrais nos diversos temas abordados neste blog;

2)Vi-me obrigado a eliminar um comentário deixado por um anónimo. Este comentário fazia acusações muito graves em termos das relações entre os responsáveis da AGNP e algumas empresas patrocinadoras da Associação. Se o comentário tivesse sido assinado, eu teria publicado, portanto se a pessoa que o fez quiser assumir faça favor!

O Golf Feminino tem sido um tema na moda nos últimos tempos, desde a criação de uma comissão na FPG exclusivamente direccionada para as Senhoras.

Eu não entendo a radicalização que se tem feito à volta deste tema. Para quem está de fora do mundo golfístico, parece que as Senhoras até agora não podiam jogar torneios. Ora, isto acontecia, mas em épocas muito longínquas!! Hoje em dia todos os clubes estão abertos a Senhoras e elas podem participar nos respectivos torneios, salvo algumas excepções (sabendo também que existem torneios em exclusivo para Senhoras).

Desde 2003 (salvo erro) todas as provas oficiais da FPG têm classificações separadas para Senhoras e Homens. A taxa de ocupação das vagas existentes nestes torneios para as Senhoras foi até este ano de 60%!!!!

Perante estes dados, podemos seguramente afirmar que não há mais Senhoras a jogar em Portugal simplesmente porque não querem! Não por não haver torneios em que elas possam entrar, nem restrições ao nível da entrada para sócia de algum club, nem qualquer restrição a nível de aceitação das Senhoras no Golf por parte dos Homens!

Abordando o trabalho efectuado até hoje por esta nova comissão, é minha opinião que o seu “core-business” está mal definido. A comissão tem apostado essencialmente na promoção de torneios sociais. Ora, não se pode promover o Golf Feminino sem apostar nas provas de alta competição e sem apostar na selecção feminina nacional.

Actualmente, as jogadoras portuguesas abandonam a alta competição sensivelmente quando entram para a Faculdade muito por culpa da Federação.

Tem sido prática corrente nos últimos anos não apostar na selecção feminina simplesmente porque as jogadoras capazes de fazer bons resultados lá fora terem entrado para a faculdade e assumido que não querem fazer do Golf a sua vida.

Eu acho que este princípio está errado. A selecção nacional devia ser uma equipa das melhoras jogadoras nacionais independentemente de terem 16, 20 ou 40 anos e de querem ser ou não Jogadoras Profissionais de Golf (este princípio devia-se também aplicar aos Homens).

Se a selecção não existir, as jovens nacionais deixam de ter o sonho, a ambição, a motivação de representar o país internacionalmente. São estes motivos que fazem muitos raparigas e rapazes com 12-17 anos passar a dedicar mais tempo à modalidade.

Ora, este é um tema sobre o qual se devia debruçar esta comissão a fim de avaliar a necessidade ou não de se reformular o modelo técnico da FPG relativamente às Senhoras, nomeadamente as vantagens e desvantagens de se regressar ao modelo da uma seleccionadora exclusiva para as Senhoras. Claro que estou a partir do princípio que as pessoas que constituem esta comissão têm as competências necessárias para poderem sugerir alterações a este nível. Mas se estão lá por algum motivo há-de ser…

O grande projecto apresentado até hoje por esta comissão é o Circuito Golfe Feminino. Este circuito suscita-me muitas dúvidas:

1)Como é que uma comissão da FPG não consegue criar um circuito a nível nacional, tendo só torneios no Norte de Portugal (o 1º teve 8 jogadoras…)?

2)Porque é que a página deste circuito aparece publicitada no site da AGNP e não do FPG?

3)Porque é que o circuito tem a sua informação alojada no site da AGNP (http://www.agnp.pt/docs/CIRCUITO%20DE%20GOLFE%20FEMININO%202010_Regulamento%20Circuito.pdf) e não no da FPG ou mesmo num site próprio? Afinal é organizado por quem? Pela comissão pertencente à FPG ou pela AGNP?

4)Este última dúvida leva-me à maior dúvida de todas: será que esta comissão tem o apoio de todos os membros da direcção da Federação e de própria Federação como instituição??