Infelizmente, a cadência dos artigos continua muito aquém das minhas (e provavelmente das vossas) expectativas , mas não tendo tido o tempo necessário para dedicar a este blog. Vou tentar escrever dois ou três artigos nas próximas semanas, visto que não faltam temas!
Deixem-me partilhar convosco que tive muitos comentários positivos relativamente ao artigo sobre a AGNP, no entanto, essas pessoas ou não podem, ou não querem exprimir a sua opinião em público. Fiquei desiludido por o autor do comentário anónimo a esse artigo não se ter assumido, dado que fazia acusações graves e levantava questões pertinentes relativamente à gestão da AGNP e às relações com algumas empresas.
Entrando no tema do título, as últimas semanas trouxeram várias boas notícias para o Golf Português!
Começando no plano desportivo, os jogadores nacionais obtiveram excelentes resultados na Copa Andalucia! O destaque maior vai, obviamente, para o Manuel A. Violas que ganhou a competição, mas não nos podemos esquecer dos outros jogadores que também se classificaram em excelentes posições (tivemos 5 jogadores no TOP 10)!!
O grande esforço investido nas selecções nacionais nos últimos anos tem com certeza sido recompensado pelos resultados alcançados!
Na semana passada, estive em Tróia a jogar o Nacional Absoluto e pude ver um final fantástico de prova com o Tomás Silva a igualar o birdie do Miguel Gaspar no último buraco para vencer o Campeonato por apenas uma pancada! Num campo considerado por muitos o mais díficil do País registaram-se excelentes resultados. Pena que o campo (para mim com um layout fenomenal) não estivesse nas melhores condições e que isto seja recorrente em vários torneios da FPG ao longo do ano…este será certamente um tema a que irei voltar!
Referência também para a prova feminina que só também só ficou decidida nos últimos dois buracos. Parabéns ao Tomás Silva e à Joana Silva Pinto pelas conquistas!!
Ora, nestes torneios ficou patente a maturidade evidenciada pelos jogadores nacionais em situações de alta pressão, a qualidade técnica do seu jogo e, last but not least, a capacidade física existente para resistir a duas semanas seguidas muito intensivas!
Por conseguinte, no rescaldo do Open da Madeira e na antecâmara do Open de Portugal, é urgente repensar os critérios de atribuição de wild cards para estes torneios. Essencialmente no Open da Madeira tem-se verificado a atribuição de convites a profissionais de ensino sem qualquer espécie de treino e de experiência em torneios de alta competição. Não incluindo nesta reflexão os profissionais portugueses que já jogam em Tours secundários a nível europeu, porque não atribuir esses lugares aos amadores de topo nacionais (com critérios bem definidos), para potenciar o seu crescimento como golfistas e, quem sabe, servir de plataforma para mais altos voos? Li um artigo bastante interessante do Joel Neto sobre este tema na altura do Open da Madeira…
Em segundo lugar, não posso deixar de manifestar a minha alegria por sermos candidatos à organização da Ryder Cup 2018!! Mas, sobre este assunto há também muito a questionar. Vou esperar pela apresentação oficial da candidatura (penso que é amanhã) para depois escrever sobre isso.
Finalmente, queria desejar boa sorte ao Secretário Geral da FPG que é candidato a Director Executivo da IGF. Ter um português num lugar de tanta responsabilidade só poderia trazer benefícios para o Golf Nacional!
Beijos, abraços e bom Golf que está aí a Primavera!!
quinta-feira, 29 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
O Golf Feminino
Passa já mais de um mês desde o meu último artigo, mas não tem sido possível dedicar o tempo necessário ao blog.
Relativamente ao meu último artigo tenho a acrescentar dois pontos:
1)Reconheço que o estilo possa ser considerado um pouco brusco, mas não é minha intenção ser agressivo nem insultuoso para ninguém. Vou tentar melhorar nesta parte sem, no entanto, deixar de chamar a atenção para os pontos fulcrais nos diversos temas abordados neste blog;
2)Vi-me obrigado a eliminar um comentário deixado por um anónimo. Este comentário fazia acusações muito graves em termos das relações entre os responsáveis da AGNP e algumas empresas patrocinadoras da Associação. Se o comentário tivesse sido assinado, eu teria publicado, portanto se a pessoa que o fez quiser assumir faça favor!
O Golf Feminino tem sido um tema na moda nos últimos tempos, desde a criação de uma comissão na FPG exclusivamente direccionada para as Senhoras.
Eu não entendo a radicalização que se tem feito à volta deste tema. Para quem está de fora do mundo golfístico, parece que as Senhoras até agora não podiam jogar torneios. Ora, isto acontecia, mas em épocas muito longínquas!! Hoje em dia todos os clubes estão abertos a Senhoras e elas podem participar nos respectivos torneios, salvo algumas excepções (sabendo também que existem torneios em exclusivo para Senhoras).
Desde 2003 (salvo erro) todas as provas oficiais da FPG têm classificações separadas para Senhoras e Homens. A taxa de ocupação das vagas existentes nestes torneios para as Senhoras foi até este ano de 60%!!!!
Perante estes dados, podemos seguramente afirmar que não há mais Senhoras a jogar em Portugal simplesmente porque não querem! Não por não haver torneios em que elas possam entrar, nem restrições ao nível da entrada para sócia de algum club, nem qualquer restrição a nível de aceitação das Senhoras no Golf por parte dos Homens!
Abordando o trabalho efectuado até hoje por esta nova comissão, é minha opinião que o seu “core-business” está mal definido. A comissão tem apostado essencialmente na promoção de torneios sociais. Ora, não se pode promover o Golf Feminino sem apostar nas provas de alta competição e sem apostar na selecção feminina nacional.
Actualmente, as jogadoras portuguesas abandonam a alta competição sensivelmente quando entram para a Faculdade muito por culpa da Federação.
Tem sido prática corrente nos últimos anos não apostar na selecção feminina simplesmente porque as jogadoras capazes de fazer bons resultados lá fora terem entrado para a faculdade e assumido que não querem fazer do Golf a sua vida.
Eu acho que este princípio está errado. A selecção nacional devia ser uma equipa das melhoras jogadoras nacionais independentemente de terem 16, 20 ou 40 anos e de querem ser ou não Jogadoras Profissionais de Golf (este princípio devia-se também aplicar aos Homens).
Se a selecção não existir, as jovens nacionais deixam de ter o sonho, a ambição, a motivação de representar o país internacionalmente. São estes motivos que fazem muitos raparigas e rapazes com 12-17 anos passar a dedicar mais tempo à modalidade.
Ora, este é um tema sobre o qual se devia debruçar esta comissão a fim de avaliar a necessidade ou não de se reformular o modelo técnico da FPG relativamente às Senhoras, nomeadamente as vantagens e desvantagens de se regressar ao modelo da uma seleccionadora exclusiva para as Senhoras. Claro que estou a partir do princípio que as pessoas que constituem esta comissão têm as competências necessárias para poderem sugerir alterações a este nível. Mas se estão lá por algum motivo há-de ser…
O grande projecto apresentado até hoje por esta comissão é o Circuito Golfe Feminino. Este circuito suscita-me muitas dúvidas:
1)Como é que uma comissão da FPG não consegue criar um circuito a nível nacional, tendo só torneios no Norte de Portugal (o 1º teve 8 jogadoras…)?
2)Porque é que a página deste circuito aparece publicitada no site da AGNP e não do FPG?
3)Porque é que o circuito tem a sua informação alojada no site da AGNP (http://www.agnp.pt/docs/CIRCUITO%20DE%20GOLFE%20FEMININO%202010_Regulamento%20Circuito.pdf) e não no da FPG ou mesmo num site próprio? Afinal é organizado por quem? Pela comissão pertencente à FPG ou pela AGNP?
4)Este última dúvida leva-me à maior dúvida de todas: será que esta comissão tem o apoio de todos os membros da direcção da Federação e de própria Federação como instituição??
Relativamente ao meu último artigo tenho a acrescentar dois pontos:
1)Reconheço que o estilo possa ser considerado um pouco brusco, mas não é minha intenção ser agressivo nem insultuoso para ninguém. Vou tentar melhorar nesta parte sem, no entanto, deixar de chamar a atenção para os pontos fulcrais nos diversos temas abordados neste blog;
2)Vi-me obrigado a eliminar um comentário deixado por um anónimo. Este comentário fazia acusações muito graves em termos das relações entre os responsáveis da AGNP e algumas empresas patrocinadoras da Associação. Se o comentário tivesse sido assinado, eu teria publicado, portanto se a pessoa que o fez quiser assumir faça favor!
O Golf Feminino tem sido um tema na moda nos últimos tempos, desde a criação de uma comissão na FPG exclusivamente direccionada para as Senhoras.
Eu não entendo a radicalização que se tem feito à volta deste tema. Para quem está de fora do mundo golfístico, parece que as Senhoras até agora não podiam jogar torneios. Ora, isto acontecia, mas em épocas muito longínquas!! Hoje em dia todos os clubes estão abertos a Senhoras e elas podem participar nos respectivos torneios, salvo algumas excepções (sabendo também que existem torneios em exclusivo para Senhoras).
Desde 2003 (salvo erro) todas as provas oficiais da FPG têm classificações separadas para Senhoras e Homens. A taxa de ocupação das vagas existentes nestes torneios para as Senhoras foi até este ano de 60%!!!!
Perante estes dados, podemos seguramente afirmar que não há mais Senhoras a jogar em Portugal simplesmente porque não querem! Não por não haver torneios em que elas possam entrar, nem restrições ao nível da entrada para sócia de algum club, nem qualquer restrição a nível de aceitação das Senhoras no Golf por parte dos Homens!
Abordando o trabalho efectuado até hoje por esta nova comissão, é minha opinião que o seu “core-business” está mal definido. A comissão tem apostado essencialmente na promoção de torneios sociais. Ora, não se pode promover o Golf Feminino sem apostar nas provas de alta competição e sem apostar na selecção feminina nacional.
Actualmente, as jogadoras portuguesas abandonam a alta competição sensivelmente quando entram para a Faculdade muito por culpa da Federação.
Tem sido prática corrente nos últimos anos não apostar na selecção feminina simplesmente porque as jogadoras capazes de fazer bons resultados lá fora terem entrado para a faculdade e assumido que não querem fazer do Golf a sua vida.
Eu acho que este princípio está errado. A selecção nacional devia ser uma equipa das melhoras jogadoras nacionais independentemente de terem 16, 20 ou 40 anos e de querem ser ou não Jogadoras Profissionais de Golf (este princípio devia-se também aplicar aos Homens).
Se a selecção não existir, as jovens nacionais deixam de ter o sonho, a ambição, a motivação de representar o país internacionalmente. São estes motivos que fazem muitos raparigas e rapazes com 12-17 anos passar a dedicar mais tempo à modalidade.
Ora, este é um tema sobre o qual se devia debruçar esta comissão a fim de avaliar a necessidade ou não de se reformular o modelo técnico da FPG relativamente às Senhoras, nomeadamente as vantagens e desvantagens de se regressar ao modelo da uma seleccionadora exclusiva para as Senhoras. Claro que estou a partir do princípio que as pessoas que constituem esta comissão têm as competências necessárias para poderem sugerir alterações a este nível. Mas se estão lá por algum motivo há-de ser…
O grande projecto apresentado até hoje por esta comissão é o Circuito Golfe Feminino. Este circuito suscita-me muitas dúvidas:
1)Como é que uma comissão da FPG não consegue criar um circuito a nível nacional, tendo só torneios no Norte de Portugal (o 1º teve 8 jogadoras…)?
2)Porque é que a página deste circuito aparece publicitada no site da AGNP e não do FPG?
3)Porque é que o circuito tem a sua informação alojada no site da AGNP (http://www.agnp.pt/docs/CIRCUITO%20DE%20GOLFE%20FEMININO%202010_Regulamento%20Circuito.pdf) e não no da FPG ou mesmo num site próprio? Afinal é organizado por quem? Pela comissão pertencente à FPG ou pela AGNP?
4)Este última dúvida leva-me à maior dúvida de todas: será que esta comissão tem o apoio de todos os membros da direcção da Federação e de própria Federação como instituição??
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